disseram-lhe, uma vez, que não deveria deixar de sonhar, acontecesse o que fosse.
e assim o fez...
a cada dia escrevia um sonho novo no coração e, sem estipular hora, mês, ano, deixava cada um ali, na esperança de que se realizasse.
e realizava.
porque sonho é às vezes como margarida, como girassol: a gente coloca a sementinha na terra, rega todos os dias, cuida com carinho, até florir em cor.
hoje, a cada vez que abre a caixinha de memórias, se depara com um pequeno desejo que cresceu e, silencioso, se tornou real. do jeito que tinha que ser, superando o que fosse, deixando algumas marcas por dentro, com a delicadeza de curar qualquer medo que viesse a se transformar em dor...
em dias como esses, em que a gente não sabe muito que rumo tomar; nem do que se arrepender; nem que lembrança curar; que a gente não perca, então, a poesia... a esperança... o amor... a fé...
e que a gente não deixe nunca, nunca, de sonhar.
amém.