lembra de quando você me fazia rir descompensadamente como
se o mundo todo fosse acabar naquele momento de alegria? acho que você nunca
soube o quanto eu tinha felicidade e como ela era, em partes, coisa do seu
coração querendo a todo momento abraçar o mundo. eu sempre achei bonita a sua
maneira de ver a vida como se ela pudesse ser sonhada a todo tempo. e achava
bonito também como os dias com você pareciam sempre uma grande festa (e eles de
fato eram). de certa forma, sempre teve um pouco de você nos meus caminhos,
desde o dia em que você me fez ver o mundo pelo lado de fora da janela, em um
momento em que a vida me chamava cada vez mais pra dentro.
eu sei que a gente não deve se culpar pelo tempo, pela
distância, pelas escolhas. está escrito nas nossas entrelinhas (e eu sei que
você também acredita nelas) que as coisas são como tiveram que ser e só nos
resta olha-las com ternura. seu lugar será sempre no espaço mais doce das
minhas lembranças, até mesmo quando eu quiser esquecer (outra vez) seu sorriso
fácil de quem sempre esperou demais do mundo e ao mesmo tempo, era tão feliz
nas simplicidades.
e queria que você soubesse que não importa onde nem com quem
a gente esteja; nem quantas histórias juntamos pelo caminho; nem em quantos pedaços
dividimos nosso próprio coração; ou quantos sonhos realizamos e quais deixamos de viver; e
quanto tempo passou; e quantas marcas inconscientes a gente se deixou. vai ter
sempre um bem querer enorme guardado no coração... e esse há de prevalecer por todo nosso caminho, para não deixar que a gente se perca, seja como for.
espero que você não se esqueça...
com todo amor,
D.
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"abre a janela agora
deixa que o sol te veja
é só lembrar que o amor
é tão maior"
Um comentário:
Eu chego a chorar.estou sempre visitando suas palavras e sempre que caminho por aqui meus olhos ganham sorrisos e minha alma uma esperança simples.Continue a emocionar e a traçar escritas sensíveis como essas.Obrigada
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