segunda-feira, 7 de setembro de 2015

.quando?.

choveu durante toda a tarde. gosto do cheiro dos pingos tocando a terra antes da tempestade. fui à cozinha, coloquei água pro chá, e preparei a infusão com o cuidado de quem esperou aquele momento por dias. tomei a mistura de hibisco com camomila e chá verde devagar, enquanto via as gotas de chuva tomarem conta do vidro da porta da frente. respirei fundo, aliviada. foi aí que eu percebi o quanto eu amava você, mas não sabia mais sentir sua falta. e, olhando pr'aquela chuva, só desejei que as tardes continuassem passando devagar, que Paris ficasse mais perto a cada dia e que chegasse logo outubro, pra me afastar do que não foi feito pra ficar. eu sabia que você não ficaria. e, por isso, quis que meus olhos tivessem força pra não procurar mais os seus. a gente não tem culpa de nada. nem do amor, nem da falta dele. entenda. não há sonho que resista à falta de esperança, nem amor que vença sem ser recíproco, nem caminho que se abra pra corações fechados. amanhã é outro dia! e deu na previsão do tempo que há de fazer sol...

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