segunda-feira, 30 de julho de 2012

. une matinée tranquille .


e é assim que se escreve um recomeço.
com passos leves, serenidade e a delicadeza de asas de Bem-Te-Vi.
primeiro a tristeza, a dor, a falta de direção, de respiração, de fome, de paz... depois, a tranquilidade de dias de primavera, a sobriedade de manhãs de céu azul, o silêncio de tardes sem mar.
sozinha, enfim, assim como chegou em um fevereiro qualquer. só que agora, pode-se dizer com certeza que nunca se viveu um inverno tão triste e que nunca se esperou tanto por outro verão. porque tem vezes que o tempo pesa, porque não é mais permitido parar, porque qualquer reação pode abrir ainda mais a ferida, porque é preciso erguer a cabeça e sorrir sempre em qualquer fim...
curar a mágoa nem que seja com aspirina. recobrar a sanidade nem que seja preciso erguer morada em outro lugar. dormir no tempo certo nem que a base de calmantes e camomila. reescrever a vida em linhas retas porque já é tarde demais pra tanto remar sem direção...
organizar as gavetas, a cabeça, o coração... que quando parar pra ver, Deus já colocou ordem em tudo.
mas por enquanto, silêncio. e um vazio sem fim nem lugar...

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