segunda-feira, 4 de junho de 2012

.enquanto ela se perde por aí, eu a espero telefonar.

O que mais me intrigava era a capacidade que ela tinha de sumir, sempre que meu coração se colocava a um passo de se entregar. Talvez por medo de se encontrar em mim ou sei lá, insegurança mesmo. No fundo, eu desejava muito que o telefone tocasse. E que, do outro lado, alguém dissesse "hey. eu gostei de você e do quanto seu sorriso combina com o meu. e tudo mais na nossa vida". Mas as coisas não são como a gente espera, não é mesmo? Ela deve ter alguém em outro lugar e eu vou compreender que não precise mesmo de um cara como eu... que não sabe resolver os próprios problemas, não sabe falar de coisas legais por muito tempo e só é agradável depois de duas ou três cervejas. Sei lá. Talvez nem tenha jeito mesmo das coisas serem de outra maneira e eu sinto muito porque seria bom se ela ficasse. Ou se não puder mesmo ficar pra sempre, seria bom se ela aparecesse vez ou outra. Só pra me contar que o céu ficou mais azul que na manhã de ontem e que já não fazem mais invernos como antigamente. Eu vou gostar dela mesmo assim. Arrisco dizer até que já gosto. Mesmo com os sumiços, as estranhezas e a serenidade. Mesmo que, às vezes, ela se esforce tanto em parecer uma pessoa comum... e eu me esforce também para conseguir vê-la assim...

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