terça-feira, 3 de abril de 2012

Além de tudo...

... eu não perdi a direção.
Só estou tentando encontrar outro caminho...

Os dias amanheciam claros e seria bobagem, então, ficar preso mais um dia dentro de um quarto abafado e quente. Afinal, além de tudo era outono. E outono sempre tem um jeito muito particular de chamar a gente pra fora, de levar a gente pra vida. Gostava da rua quando era outono. Porque o vento era mais fresco. As tardes eram mais leves. Os passos eram mais fáceis, se gastando ao procurar pisotear as folhas-secas-amareladas-caídas-no-chão. Por isso sair. Ir lá fora ver a cor do dia. Mas fazia tempo, seu moço, que ela não saia pra ver qualquer cor. Que ela ficava colecionando pedacinhos de manhãs. Por que o que é a felicidade senão um emaranhado de sorrisos e melancolias, se juntando tentando virar um jeito de levantar e ir, mesmo em meio a tanta indecisão?
E ela, que só quis o tempo todo ser feliz, nem sabia mais se podia porque algumas vezes, as coisas ficam um pouco caras...
E se doer. E fazer o outro doer. Era melhor mesmo ficar. Silenciar. E ficar apenas imaginando "e se"...

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