domingo, 17 de julho de 2011

...bordado em flor.

Fechou os olhos, respirou fundo por longos minutos porque lhe parecia (meio que absurdamente) que o ar deixara de ser suficiente e que a vida perdera um pouco da cor...
E por mais que a realidade sempre lhe parecesse mais distante que as coisas sonhadas, não haveria, dessa vez, ilusão capaz de ser inventada pra lhe tirar o amargo do sorriso e a dor dos ombros cansados...
E antes de assinar a própria desistência (essa que seria quase que sem perdão), chorou as lágrimas todas que lhe cabiam e decidiu desinventar a própria solidão.
E antes que re-dissesse ser sofrida a vida, concluiu com destreza e gosto, o quanto é bonito o tempo transformando com delicadeza e força, os momentos da gente em lembranças doces...
E antes que concluísse não valer a pena, viu que a vida ainda valia ser cantada, e mais que isso: ainda podia virar em versos simples, uma bela canção de amor...

Um comentário:

entre-caminhos disse...

Por mais que tenhamos momentos difíceis, há sempre um instante mágico que nos faz lembrar q vale a pena.