quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Do livro de cartas (nº 4)

 "Você está quase sempre perto de mim, 
quase sempre presente em memórias, lembranças, 
estórias que conto às vezes. Saudade.."
Caio Fernando Abreu

Para um amigo do quadro

... é que isso assusta demais entende?
Essa necessidade que as pessoas tem de querer explicar tudo, sendo que nem elas mesmas entendem.
Essa falta de simplicidade nos gestos, nas palavras, nos viveres.
Porque era tudo tão simples, lembra? Sempre foi...
A gente respirava, sorria e pronto! 
Tava lá, tudo preparadinho pra esperar a gente acordar todos os dias e viver as intensidades dos dias, que nunca foram tão pesados quanto agora...
Eu sinto saudade sabe?
Uma saudade doída que só ela consegue ser...
Mas a vida e o tempo sabem sempre o que fazer da gente e não se tem muito o que fazer depois que eles decidem.
A gente só respira, ergue a cabeça e segue em frente devagar, aos poucos, para não tropeçar...
Tô meio sem saber... mas queria ver você. Precisava até.
Mas a gente se encontra em breve, eu sei. Você sabe também... eu te contei. 
E a gente se prometeu...

Grande abraço

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