quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Do livro de cartas (nº2)

Hoje, quando abri meu email, me deparei com a seguinte mensagem na caixa de entrada:Oi, boa noite. Acompanho seu blog diariamente e percebi que já faz algum tempo que você não atualiza. Você abandonou o blog? Gostava tanto de ler seus textos. Espero que esteja tudo bem. Com carinho,”. Optei aqui por não dizer o nome dessa pessoa que me fez pensar o que realmente tem acontecido. Comecei a tentar justificar com a falta de tempo, com a falta de inspiração, com a falta de assunto, mas eu só consegui pensar se será mesmo que está tudo bem comigo e se estou mesmo abandonando minhas cores. Tive uma fase meio ruim, pesada e triste. Conscientemente, me afastei para tentar me entender melhor e não passar tanta tristeza e insegurança por aqui. Mas aí eu decidi voltar. E quando a gente decide, tem que ser de verdade e foi depois desse email que eu percebi que se decidi realmente, não foi direito nem certinho, como deveria ser. Fiquei feliz com esse delicado puxão de orelha. Dá-me a impressão de que minhas cores transformadas em palavras, conseguem tocar o coração e talvez até clarear a vida de algumas pessoas...
Não sei o que tem acontecido comigo ao certo. Ando feliz com a minha vida, tenho grandes e bons amigos, uma família adorável e um amor tranquilo pra cuidar do meu coração. Mas escrever, ainda que seja um dos meus maiores prazeres e talvez o que sei fazer melhor, anda deixando a desejar. Pode ser cansaço mesmo... mas seja lá o que fôr, peço desculpas a quem vem aqui procurando algo novo e se depara apenas com as mesmas palavras e imagens.

2011 tá aí, batendo na porta prometendo encantamentos e realizações. Acho que talvez seja por aí que as coisas devam funcionar, procurando sempre os caminhos doces e cheios de ternura e cor, que passam tão despercebidos se a gente não abrir bem os olhos e ver com o coração.
Desejo a quem passar por aqui, um Feliz Natal e alegrias multiplas para o próximo ano. E que antes de qualquer dor, que o caminho de cada um direcione cada passo para o sonho, porque bem já disseram um dia (e eu acredito) que a vida sem ser sonhada, é praticamente impossível...


Boas Festas!

"Quero fim de ano, pés descalços na areia, a brisa do mar, fim de tarde tranquilo, música boa, sem relógio, despertador ou qualquer coisa que me mostre o tempo passando.
 Quero sair de noite olhar pro céu e ver estrelas, ter tempo pra ver como a lua é bela, observar pessoas, rir, chorar, pensar, viver, cantar, sentir. [...]
Porque não morri. Porque é verão e eu quero ver, rever, transver, milver tudo que não vi."

Caio F. Abreu

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