quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Em paz...

É bom saber que está tudo bem... o trabalho, o coração, a vida.
E pra tua pergunta, a minha resposta é não.
Eu não esqueci você.
Nem as alegrias, os sorrisos, as brincadeiras e nem as rosas.
Mas chega uma hora que as coisas começam a tomar proporções diferentes e os caminhos, viram rumos desencontrados...
E é nessa hora que a gente precisa pegar tudo que tem e saltar.
Pra que esse tudo que nos foi tão bonito um dia, não se perca no tempo.
Quando salta, a gente salva e eterniza as alegrias da vida.
E foi isso o que fiz.
Eu não esqueci você e não vou esquecer nunca.
Porque não fui preparada pela vida pra descartar pessoas...
Fui preparada pra cuidar delas e amá-las sempre, mesmo apesar de...
Então, lhe deixo a simplicidade de Caio...
Como sempre, ele sabe melhor do que eu, o que dizer...

"A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que tá curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto. Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perca de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça."
Caio Fernando Abreu

2 comentários:

m disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
* July * disse...

Amei o texto... parabéns!